APOKALYPTIC RAIDS - Discografia comentada

Por Écio Souza Diniz
ONLY DEATH IS REAL (2001)

Eis aqui um clássico do Death metal nacional. Em uma época em que muitas bandas investiam em peso e técnica, o Apokalyptic Raids veio com o objetivo de resgatar a essência do Death 80’s. Toda a forma orgânica e agressiva do estilo e originalidade da banda, estão marcadas em músicas cruas e víscerais, como Angels of hell com um solo cheio de harmonia. Também destaca-se a marcha da morte em Tyrant, emperor e a intrépta Apokalyptic raids. Este é um álbum indispensável na coleção de qualquer headbanger que cultue a verdadeira essência do metal.


Faixas: 1-The Enemy (Intro) / 2-Evil / Forgotten Tales / 3-Into The Twilight Zone / 4-Eternal Gloom / 5-Angels Of Hell / 6-Humankind Dies / 7-Tyrant, emperor / 8-Apocalyptic Raids / 9- Tales of Horror (Outro)



THE RETURN OF THE SATANIC RITES (2003)

Dando segmento à sua carreira, a banda viría mostrar neste segundo álbum, que tinha sonoridade bem própria e não uma repetição de fórmulas. Mais evoluído, porém mantendo o aspecto cru do primeiro álbum, The return of the satanic rites esbanja qualidade em ótimas composições. O álbum começa com uma versão mais aprimorada de Apokalyptic raids, seguida pela bateria e explosiva de Ready to go (To hell). Os destaques também ocorrem para ótima, rápida e cheia de efeitos, Satanic slaughter, a pegada forte e ótima letra de Emperor’s return e o solo atômico e ensurdecedor de bateria em Skullkrusher (destaque para o joven baterista da banda de Trash, Farscape).

Faixas: 1-Apokalyptic Raids / 2-Ready To Go (To Hell) / 3-The Atheist / 4-The Way of The Warrior / 5-Satanic Slaughter / 6-The Impaler / 7-Emperor's Return / 8-Skullkrusher / 9-Voyeur /
10-The Third Of The Storms (Evoked Damnation)


THE THIRD STORM - WORLD WAR III (2005)

Já consolidado na Cena Underground nacional, a banda chega a sua maior evolução até o momento com “The third storm”. Com composições mais técnicas e limpas, no entanto, cheias de peso e riffs bem elaborados e sobretudo, mantendo a identidade da banda, o álbum começa com I’m a metal head, que se tornara um clássico, com seus riffs e um refrão poderoso, que faz agitar, bater cabeça e ter certeza que o metal é o melhor estilo musical que existe. A pancadaria chega a nível estrondoso com Manifesto politicamente incorreto, além de ser a primeira letra em português da banda, ela fala sobre os famosos “posers” que envergonham o cenário do som pesado, seja punk, hardcore, crust, death, black ou trash metal. Outros bons destaques se seguem para a rápida e forte The power in my mind e a apocalíptica When the world ends in fire. Recentemente a banda está nos processos finais para lançar seu quarto álbum, Vol. 4 – Phonocopia, agora nos cabe esperar para conferir mais este capítulo dessa ótima banda.


Faixas: 1-I'm a Metalhead / 2-Revelations of Doom / 3-Fallen Beyond Hope / 4-Vision Shadows / 5-Manifesto Politicamente Incorreto / 6-Never Forget What You Are / 7-Humankind Dies / Mankind Defeated / 8-The Power In My Mind / 8-When The World Ends In Fire (Metal Returns) / 10-I'm a Metahead (Reprise)

                                                                                      
VOL.4-Phonocopia (2010)

Mais que grande garra em manter o espírito do oitentista do Death/Black Metal, o APOKALYPTIC RAIDS, se supera a cada lançamento, mostrando originalidade no que faz. "Vol.4-Phonocopia", novo álbum dos cariocas, comprova o que estou dizendo através das grandes composições que constituem este trabalho. A abertura já se dá em grande forma com 'Nightmare (In frost and fire)', (uma música bem típica da identidade do APOKALYPTIC RAIDS), seguida de 'Stare into the abyss' (onde nota-se a influência de BLACK SABBATH, porém com originalidade). 'Victim o' velocity', é rápida e direta, seguida pelo clima mais arrastado de 'Remember the future', onde a influência de SABBATH atinge sua forma mais explicita. A atmosfera tensa é evidenciada em 'The revenge of history'. A rápida 'Priest of evil' (que relembra muito a agilidade das músicas do segundo álbum, "The return of the satanic rites"), e a cadenciada 'Cruficy the agnostic', tem elementos que relembram com exatidão o estilo denso e agressivo de HELLHAMMER e CELTIC FROST. 'A world without a danger', mostra um ritmo mais compassado, com riffs mais soturnos e muito bem dispostos. Uma pegada marcante e meio punk, é vista em 'The unquiet grave' (destaque para a cozinha do baixo e bateria). O encerramento se dá com maestria através de 'Nothing will happen' (portadora da melhor performance vocal do álbum), que além de sua alta qualidade, traz escondida um cover para 'Crucifiction' do HELLHAMMER. Em suma, um álbum pra constar na coleção de todo Headbanger que se preze. Mais uma vez, saudemos esta banda, que represente com honestidade e honra o underground nacional.

Faixas: 1. Nightmare (In Frost and Fire) / 2. Stare Into the Abyss / 3. Victim O'Velocity / 4. Remember the Future / 5. The Revenge of History / 6. Priest of Evil / 7. A World Without Danger / 8. Crucify the Agnostic / 9. The Unquiet Grave / 10. Nothing Will Happen