ANHAGUAMA - Biografia




Banda formada em novembro de 2007 do falso calendário, inimigos da fraqueza e dispostos a destruir os falsos deuses eis que é iniciada a jornada da horda Anhaguama, em aliança com os anjos caídos. No seu primórdio a horda contava com o baterista Sammhael que após um período de dois meses deixa a banda por motivos pessoais e é substituído por Necromanscius Apocalypticus, desde então a formação da banda se mantém dessa forma. Com o intuito de praticar o mais puro e brutal Death Metal, influenciada pela velha escola dos anos 80 e 90 da Era vulgar. Em Janeiro de 2008 são iniciadas as gravações do EP “In Alliance with the Fallen Angels” no Z7 studio localizado na Vila Madalena São Paulo/SP, com a produção deste artefato, ficando por conta da horda Anhaguama e de Tadeu Martinez. O EP contém quatro hinos de culto à morte, escuridão e destruição. Será lançado pela Sinistra Vivendi Productions com a primeira prensagem de mil cópias, no formato CDr.; a divulgação será direcionada ao meio underground. A horda conta com a atual formação:

Gaius Cassius Longinus – guitarras/vocais
Cerberus – contrabaixo
Necromanscius Apocalypticus – bateria/vocais

Escrito por: Gaius Cassius Longinus

Orkut:


Confira duas músicas do Ep no myspace:


Comunidade da banda Anhaguama no orkut:


E-mail de contato:

Apokalyptic Raids - O Apocalipse no death metal

















Atualmente, o metal extremo têm sofrido bastante com a falta de originalidade, o que está constatado principalmente no Death metal. Estilo este, no qual muitas bandas se focam no peso e virtuosismo, deixando carecer o feeling que nos faz ter nas veias, a sede e vontade de agitar em um mosh apocalíptico e bater cabeça.

Com a proposta de manter vivo e resgatar o vigor, forma orgânica e sonoridade soturna e agressiva do Death metal primordial dos anos 80, a banda carioca Apokalyptic Raids vem se destacando na cena underground dentro e fora do país, conquistando leais seguidores. Falando conosco sobre os 12 anos de estrada da banda, a cena atual do metal e o lançamento do quarto disco da banda, Vol.4-Phonocopia, temos o vocalista/guitarrista e líder, Leon Mansur, “Necromaniac”.

Pólvora Zine: Olá Mansur, como vai? Gostaria de começar, perguntando como você visualiza o atual momento do Death metal e do Metal em geral?

Leon Mansur: Hell-o! Estamos ainda numa indefinição... Os headbangers dos anos 80 agora estão com seus 40 anos, ouvindo classic rock, metal e tudo mais. A geração dos anos 90 fez muita produção, mas falhou em nos dar algo de original, com a técnica sendo colocada em primeiro plano. A geração dos anos 2000 tem muita informação nas mãos, mas ainda não tem maturidade para apresentar um conteúdo interessante. Então, vamos ter que esperar pra ver o que vem por aí. Nossa parte garanto que estamos fazendo!

P.Z: Agora, falando sobre a banda, vocês completam neste ano, 10 anos do lançamento do clássico debut “ONLY DEATH IS REAL”. Há preparação de algo especial para comemorar esta primeira década do referido álbum?

Mansur: Sim e não... O que há de especial para comemorar é lançar mais um álbum, o nosso quarto, mais alguns split eps, incluindo regravações do Only Death is Real e esperamos superar os anteriores e cair na estrada!

P.Z: Já algum tempo, vocês selaram contrato com a gravadora americana HELL’S HEADBANGER, que fará reprensagem dos albums da banda em LP (hoje todos esgotados). Como tem sido esta parceria?

Mansur: Ainda não terminamos os layouts dos relançamentos, pois estamos dando prioridade ao disco novo, mas sim, a Hell's Headbangers é muito respeitada e temos contato com eles há muitos anos. Portanto, creio que teremos a devida exposição destes relançamentos.

P.Z: Ainda me lembro que no início das atividades com o primeiro disco, muitos radicais ignorantes acusaram a banda de falta de originalidade e estar fazendo o que já fora feito. O que ao contrário do dito, há muitas particularidades e coisas originais na sonoridade da banda, que podem ser notadas nas letras (exemplo de Angels of hell), solos harmoniosos e bem trabalhados e uma bateria com muitas variações. De que forma você reagia respondia a todas essas acusações?

Mansur: Bom, agora já passados 10 anos, se é que algum destes críticos ainda curte som, continuamos firmes em nossa proposta. Fazer o que já foi feito, mesmo, é o que 99% das bandas de metal extremo fazem. Nós continuamos (de uma maneira até bem original, como mostramos no terceiro álbum) uma proposta que não foi desenvolvida o suficiente, pois tudo foi americanizado e atropelado pela técnica no fim dos anos 80. Ninguém é obrigado a gostar ou aprovar, mas ouçam antes de julgar.

P.Z: Querendo realmente manter o espírito oitentista do metal, vocês lançaram o segundo álbum da banda (The return of the satanic rites) em cassete pela gravadora Polonesa TIME BEFORE TIME. Também consolidaram contrato com a gravadora DARK SUN. Como tem sido trabalhar com eles? E quanto Time Before time, a parceria ainda se mantem?

Mansur: Não, a Dark Sun é página virada. Não podemos trabalhar com quem não é profissional e não cumpre prazos, nem dá uma satisfação, pois isso nos causa grandes prejuízos... Quanto a Time Before Time, a parceria foi apenas para aquele lançamento. Eu até tenho os layouts prontos dos demais álbuns em tape, mas ultimamente tem sido difícil achar tapes para comprar. Eu não sou particularmente fã do formato tape, mas se puder faremos o lançamento.

P.Z: A banda contou com a presença do jovem baterista Pedro Rocha “Skullkrusher”, da excelente banda de Trash metal, FARSCAPE, que foi substituído por Márcio Cativeiro “Slaughterer” (Cadaveric impregnation, Internal bleed), que ainda permanece na banda. Apesar do ótimo trabalho que o Pedro fez no 2º álbum e o 3° (The third storm-World war III) em músicas como Ready to go (To hell), Skullkrusher e Manifesto politicamente incorreto. Como foi trabalhar com ele? E como o Márcio (Cativeiro) tem se saído com a banda?

Mansur: O Pedro deu uma verdadeira injeção de ânimo na banda, durante um período crítico da nossa passagem para uma atividade mais profissional. O afastamento dele se deu por problemas familiares, de saúde, e começamos a treinar o Márcio para assumir o posto. Eu sempre faço questão de ter um ambiente de trabalho saudável na banda, e isto inclui levar em conta o lado humano dos integrantes. Não foi fácil, o Pedro é um excelente baterista, e o Márcio tem um estilo diferente, com bumbos mais pesados, e não estava acostumado aos nossos andamentos. Mas hoje, 2 anos e meio depois, posso dizer que o Márcio está tão integrado ao nosso som, que nem parece que passamos por mudanças tão estruturais. Já há quem diga que estamos melhores que antes. Ele está se mostrando um cara versátil, adequado ao nosso som, e está atingindo uma maturidade até para compor e quem sabe cantar algum som na banda.

P.Z: Vocês vêm realizando shows para públicos cada vez maiores, com cerca de 3.000 pessoas para mais. Também abriram shows de bandas respeitadas como Possessed (em 2008) e Onslaught (em 2009). O quanto esta exposição da banda a tem ajudado a conquistar novos e maiores públicos?

Mansur: Na verdade, 3.000 pessoas foi o recorde, no dia a dia pode ser bem menos. A diferença é que depois de todos esses anos, os shows estão mais freqüentes. E sim, precisamos nos manter tocando porque sempre aparecem novas gerações de headbangers e temos que estar presentes. Em que pese o fato de que com a crise do CD, o mercado tem se voltado cada vez mais para os shows, causando um congestionamento nos palcos, e fatos esdrúxulos como bandas que pagam pra tocar.

P.Z: Houve também a produção dos Show da volta do Vulcano e Chakal, como foi o processo para realização deste importante evento?

Mansur: Eu tinha contato com o pessoal do Chakal, desde os anos 80 quando eu acompanhei a banda de perto. Também acompanhava o Vulcano, mas o contato apareceu através de um amigo de uma banda norueguesa que tinha o e-mail do Zhema. Assim, conseguimos costurar um acordo que nos proporcionou aquele evento histórico, alugamos o som e o local e fizemos acontecer.

P.Z: O Only death is real, fora o principio de tudo, cativando os ouvintes por sua sonoridade crua e agressiva, visto também os demais álbuns e conseqüente evolução de lá pra cá. Qual você julga ser o melhor e mais completo álbum da banda, no sentido de elementos que você gosta de acrescentar a música?

Mansur: Eu não curto muito o Only Death is Real porque tem algumas coisas muito falhas na produção dele. Tem bateria desencontrada, vocais mal colocados e toda a nossa imaturidade na época. O disco que eu mais curto é o The Third Storm, porque ali a banda estava bem redonda. Tenho orgulho da nossa performance naquele álbum. Incidentalmente, ele é o mais variado, por uma necessidade de expandir o estilo mantendo a sonoridade. O segundo disco, The Return Of The Satanic Rites é um álbum de transição, muito importante, porque contém as 2 músicas que foram compostas para a banda propriamente dita , e não composições antigas: Ready To Go To Hell e Voyeur. Quanto à produção, ele se situa no meio do caminho entre o 1º. e o 3º. álbuns, mas eu creio que mais para o 3°. Eu curto acrescentar alguns efeitos sonoros que deixem o álbum com uma certa cara de filme de horror.

P.Z: Quando sairá o novo álbum “Vol.4-Phonocopia” e o que podemos esperar encontrar nele?

Mansur: O novo álbum já está gravado, mas atrasou devido a alguns problemas que tivemos pelo meio do caminho. Estamos no layout da capa e masterização, e queremos lançar o mais rápido possível. Este disco está mais direto do que o The Third Storm e agressivo como o Only Death is Real, mas com um know how que demoramos estes 10 anos pra atingir. Tomamos mais cuidado do que nunca na composição, e temos tocado os sons ao vivo, e o público tem aprovado.

P.Z:Para finalizar. Quero que nos fale qual é gratificação depois de 12 anos na estrada (oficialmente) e o que está por vir neste ano, além é claro do novo álbum?

Mansur: Como eu disse, temos esses splits pra sair, além do álbum novo, e no mais é pegar a estrada e tocar no maior número possível de lugares. Nossa maior recompensa é ver no olhar dos headbangers a cumplicidade numa música que, muito mais do que entretenimento fácil, é arte, e um reflexo do nosso modo de vida e contribuição pra construção de um ser humano que valha a pena.

Vejam nosso novo site em www.apokalypticraids.com

Valeu!

PZ: Bem, obrigado pela entrevista Mansur. Sucesso pra vocês.




GENOCIDIO - Mais sólido do que nunca!



Por Écio Souza Diniz

O metal nacional sempre foi composto de muito pioneirismo, ousadia e luta. Através disso, várias de nossas bandas ganharam espaço, tornando-se muitas vezes referências de seu estilo mundo afora. Dentre estas, está a banda paulista Genocídio. Calcada em uma sonoridade crua, rápida e agressiva nos seus primórdios com elementos do Black metal, Trash e Hardcore, passando por uma constante inovação em sua sonoridade, conquistando leais fãs até os dias de hoje. Após períodos de interrupção de suas atividades por problemas internos, entre outros, estão agora na ativa, mais fortes e ousados do que nunca, divulgando seu recente trabalho, o album “Probations”, gravado ao vivo no Blackmore Rock Bar, em São Paulo e realizando os processos finais para o lançamento do novo album de estúdios, “The clan”. Convidamos o baixista W. Perna, para nos falar sobre o atual momento da banda, o novo trabalho e um pouco de sua história.

Pólvora zine: E aí Perna, como vai? Recentemente o Genocídio divulga o CD e DVD ao vivo “Probations”, que traz além das músicas, uma entrevista. Como vem sendo o saldo deste trabalho?

W. Perna: Tudo tranquilo! O saldo é positivo, apesar de ter pouca divulgação e ser um trabalho “artesanal”, pois toda a parte de edição e a entrevista foi feita na minha casa. O DVD tinha sido projetado para sair alguns anos antes, mas infelizmente o acidente que sofri atrasou o projeto (Perna sofreu um acidente na escada rolante do complexo Galeria do Rock, em São Paulo, que lhe custou a perda de um dedo da mão).
P.Z: Em 2007, vocês disponibilizaram o EP ao vivo, “Hiatus”, para download com objetivo de promover “Probations”. Como foi a repercussão para este EP?
Perna: Foi bem melhor do que esperávamos, pois em uma semana tivemos mais de 1.000 downloads.
P.Z: Uma característica peculiar do Genocídio, está na transição de uma sonoridade mais crua e agressiva nos primórdios da banda, para sonoridades com grandes evoluções e inovações, como pode ser ouvido nos álbuns “Phostumus” e “One of them”. Depois houve o retorno as raízes da banda em “Rebellion”. De que forma você pode explicar tantos estágios diferentes alcançados ao longo dos anos? Seria em partes, devido às influências trazidas pelos músicos que passaram pela banda?
Perna: As influências que cercam a banda são bem variadas e procuramos fazer o que é melhor para se encaixar na formação, no “Rebellion” voltamos a ser um trio e seria difícil criar climas ao vivo com uma guitarra.
P.Z: Dentre as reformulações que houveram na banda, qual o melhor formato da banda para você? Power trio ou outros formatos?
Perna: Quarteto sempre será a melhor opção, principalmente ao vivo... mas fizemos muitas cosias boas como trio.
P.Z: Muitos já chegaram a apelidar o Genocídio de “Paradise Lost brasileiro”. O motivo se deve a presença de elementos do Gótico e Doom, combinados com Hardcore, como ocorre em “One of them” e um som denso e com variadas atmosferas como “Phostumus”. Particularmente quando ouço, “Phostumus”, por exemplo, vejo muita inflência de Paradise, mas também vejo um pouco de Candlemass. Qual dessas bandas tiveram mais influência sobre você?
Perna: Na época que gravamos o “Posthumous”, não tinha nehuma banda brasileira fazendo musica pesada, usando vocal feminino, violino, talvez seja esse o motivo. Particularmente sou grande fã do Paradise Lost, Anathema, My Dying Bride, são algumas influências da banda.
P.Z: Eu vejo como característica própria da banda, além de sua sonoridade, letras bastante originais e uma grande alusão do homem em relação a máquina, que pode ser vista na estética do site oficial da banda também? Esta alusão denota uma mensagem da banda para ou ouvinte. Para os que ainda não conseguiram captá-la em sua essência, você poderia esclarecê-la?
Perna: A banda teve duas fases de letras e agora com o “The Clan” será a terceira fase. A primeira foi com Juma, depois eu e o Marcão e agora no The Clan o Murillo assumiu a parte das letras. As idéias basicamente questionam se a evolução humana teve uma intervenção tanto na forma espiritual como tecnológica por outros seres.
P.Z: O Genocídio foi a primeira banda Brasileira a realizar um lançamento em Picture Disc, fato ocorrido em 1991, no relançamento do primeiro e excelente Ep da banda (auto-intitulado apenas como Genocídio). Qual importância tal feito representou e ainda representa para a banda?
Perna: Foi muito importante na época e continua sendo, pois mesmo hoje são pouquíssimas bandas que tiveram um Picture Disc em sua coleção.
P.Z: A banda atingiu intensa notoriedade através da exposição dos clipes de “Depression” (do Clássico álbum omonímo) e “Up roar” (do pesado Hoctaedrom). Esta última, além de grande freqüência nas rádios da época, teve seu clipe lançado como bonus. O quanto este feito ajudou na divulgação da banda?
Perna: Na época a mídia estava mais aberta para o estilo, era uma oportunidade de levar a música do Genocídio para outras pessoas. Tudo isso foi muito positivo para a banda na época e continua sendo.
P.Z: O que representou a saída de Marcão para a banda? Quais foram as maiores contribuições dele para banda? Como é o trabalho com Murillo (Vocal)?
Perna: Depois de um certo tempo tocando junto, os integrantes precisam estar pensando igual, como um só ideal, quando isso não acontece fica difícil um relacionamento, mas todas as formações tiveram sua importância.
P.Z: Quando você olha para trás e vê uma banda que você faz parte fundamentalmente, que lançou álbuns clássicos, como o indiscutível “Depression”, o pesado “Hoctaedrom” e o rápido e direto “Rebellion”, qual a sua maior gratificação e os melhores e piores momentos da banda?
Perna: Acho que a maior gratificação é continuarmos fazendo shows e ver a galera indo nos shows, cantando as músicas, isso não tem preço, já que nesses anos vimos muitas bandas querendo comprar o sucesso como o PUS e o Scars e não chegaram a lugar nenhum.
P.Z: Vocês colocaram no myspace da banda uma música do novo álbum de estúdio (The clan), “Transatlantic catharsis”, que é uma música pesada e com riffs muito bem trabalhados, além de um vocal bem denso, o que podemos ver no todo do álbum? Para quando podemos esperar o lançamento de “The clan”?
Perna: O álbum já está pronto, estamos agora acertando detalhes com a gravadora, esperamos que até abril o CD esteja pronto. Musicalmente o CD vai surpreender muita gente, pois as musicas são um reflexo de todos os discos do Genocídio com uma qualidade sonora nunca alcançada pela banda.
P.Z: Obrigado pela entrevista Perna. Para finalizar, além do novo álbum, quais os projetos do Genocídio para este ano?

Perna: Queremos apenas lançar o CD e fazer muitos shows, nada mais... Obrigado pelo apoio!

Pra conferir mais notícias sobre a banda acesse: www.genocidio.com.br

Acesse também o myspace oficial da banda:


HUMAN HATE - O grande retorno!!!










Por Écio Souza Diniz

O Estado de Minas Gerais, leva o mérito de ter sido um dos grandes berços do metal brasileiro, apresentando bandas que ficaram marcadas pra sempre na cena, inclusive algumas que estão até hoje na ativa. Bandas como Chakal, Sextrash, Sarcófago, Sepultura, Mutilator e Overdose, são apenas alguns exemplos do que estou falando.
Entre essas bandas de grande importância e que ainda contribuem para a formação das novas gerações do metal, sobretudo do Trash metal, está o Human Hate. Formada no final da década de 80 e expandindo seu público, tocando com bandas como Dorsal Atlântica, o Human Hate está aí novamente na ativa, mais sólido e perseverante do que nunca. Para nos falar sobre o atual momento vivido pela banda, o lançamento de novas Demos, o lançamento do primeiro álbum em CD e o projeto para um novo disco, chamamos o vocalista Kal, para nos esclarecer melhor todas essas coisas.

Pólvora zine: E aí Kal, como vai? Já são anos de estrada que fizeram com que o Human Hate deixasse sua marca na história do Trash metal. Para começar, gostaria que nos falasse como começou o Human Hate e quais as dificuldades enfrentadas naquela época para se efetivar como banda, inclusive até chegar ao primeiro disco?

Kal: O Human Hate começou com o Geo, Tilú e o Cureba em meados de 1988, quando foi gravada uma demo com o Geo nos vocais. Devido a desentendimentos o Tilú e Cureba saíram e formaram o Expulser. Foi nessa época que o Moíses da Hellion teve acesso a demo e entrou em contato para um possível contrato, foi então que o Geo reuniu a formação que gravaria o disco, inclusive o Moisés estranhou e questionou o fato da mudança dos vocais porque o Geo teve que tocar guitarra, quando ele ouviu o novo vocal calou-se. Outro detalhe: a música “Putrefacion” que nós temos que tocar em todo lugar que vamos, foi criada as pressas para preencher espaço no disco.

P.Z: No lançamento do debut “Los in the abyss”, vocês abriram para ninguém menos que Dorsal Atlântica no Dynamo Festival. Qual importância este show teve para abrir caminhos para o Human Hate?

KAL: Para quem está iniciando uma oportunidade de tocar com uma banda de renome como o Dorsal é muito importante, ótima divulgação e nós fizemos um trabalho legal, pois o nome do Human Hate é conhecido em SP devido a esse show.

P.Z: A banda foi fundada por você e seus dois irmãos, Geo (guitarra) e Junior (Bateria), com o time sendo completado por D.R.I (baixo), mas tão logo ao lançamento do álbum de estréia o Junior deixou a banda. O que está perda representou para vocês?

KAL: A saída do Júnior foi uma perda pra nós, além de ser irmão, ele possui uma técnica apurada que se tornou uma das características do Human Hate, nós o substituímos mais sem dúvida a banda perdeu um pouco sua identidade.

P.Z: O “Lost in the abyss” é um álbum forte, calcado nas linhas de um Trash bem riffado, com viradas rápidas e variadas de bateria, baixo estralado e vocal ácido e odioso. Ou seja, é uma sonoridade bem orgânica e repleta de feeling, a qual faz agitar moshs e bater cabeça. Qual foi o caminhado seguido para se obter uma unidade tão intrínseca, como esta que compõe o álbum?

KAL: Vocal ácido e odioso? Gostei disso rsrsrsrsrsr. O caminho é tocar o que gostamos e queremos, sem nos preocuparmos muito com rótulos. Chegamos, temos as idéias, fazemos os arranjos, todos da banda gostaram? Então vamos em frente.

P.Z: Vocês tiveram vários períodos de interrupção das atividades. Qual deles foi o mais difícil e extenso? E quais as maiores barreiras encontradas ao longo dos anos?

KAL: O maior deles foi o último, ficamos de 2003 quando tocamos em Alfenas até 2009 sem tocar, foram várias barreiras durante todos esses anos, como por exemplo, os locais de ensaios, os vizinhos sempre odiavam, quase sempre tinha polícia rsrsrs.

P.Z: O retorno de vocês em 2009, ocorreu com elementos surpresa na banda, que foram a presença de uma segunda guitarra, ocupada por Beto (ex-Suicide) e o baixista Donieverton (ex-Tribal Roots, Hellseeker e outros) no lugar de D.R.I. Como está sendo trabalhar com esses músicos, inclusive o Beto, que também vem Trash old school dos anos 80? Quais contribuições, musicalmente falando ambos trouxeram para a banda?

KAL: Na verdade o Beto já está com a gente há muito tempo, ele entrou na banda quando houve uma espécie de fusão do Human Hate e Suicide, foi quando entrou o Beto e o Renam (suicide) e eu e o Geo. O Renam ficou pouco tempo, houve então o retorno do Júnior que estava morando em S.P. Quanto ao Donieverton, ele faz parte de uma geração que cresceu ouvindo a gente, a entrada dele trouxe dinamismo e qualidade.

P.Z: Recentemente vocês estão distribuindo em shows, a demo “Rehersal Back” que contém cinco músicas novas. Como vem sendo a repercussão da banda através disso?

KAL: A melhor possível, eu diria até surpreendente. O pessoal tem curtido bastante.

P.Z: As músicas novas tem muita garra e energia e além de uma evolução notada na sonoridade, a banda manteve sua essência sem soar enjoativo (algo que não são todas as bandas que voltam fazem). Como vocês conseguiram alcançar e trabalhar este equilíbrio nas músicas? Foi natural ou intencional? Também foi pretensão de todos na banda?

KAL: A evolução é natural pelo tempo que a gente toca. Nós procuramos manter a mesma proposta do início da banda, que é um som agressivo sem as barreiras dos rótulos. As músicas saem naturalmente, todos partícipam, como cada um tem suas preferências o resultado é esse, o Human Hate.

P.Z: A demo “Rehersal Back” tem músicas que se destacam facilmente como “Shame mask”, as instigantes “Toxic” e “Wodka waltz”. Como o público que tem assistido aos shows do Human Hate tem reagido a essas músicas em relação às antigas? É perceptível alguma preferência?

KAL: O público tem se dividido em dois: aquele pessoal das antigas, para esses a gente sempre toca músicas do disco e o pessoal mais novo, esses tanto faz as músicas, é tudo uma coisa só, ainda não conhecem muito a banda, e ficam nos olhando com o seguinte pensamento: O que será que esses coroas vão tocar, então quando começamos ficam olhando meio espantados, depois se soltam aí o mosh rola.

P.Z: O retorno da banda tem se mostrado audacioso, com muitos shows e participação em festivais. Em 2009 vocês abriram o show da banda See you in hell, importante nome do Hardcore na República Tcheca e tem tocado com bandas mais novas como Ataque Nuclear de Três Corações. Como tem sido essas experiências?

KAL: Em Divinópolis, com See you in hell, fizemos um show técnicamente perfeito, o pessoal curtiu bastante, foi uma ótima experiência pra gente. Quanto ao pessoal do Ataque. Eles são nossos irmãos cara! A gente já viajou pra tocar juntos, sem contar o som deles que é du caralho.

P.Z: Kal, o que você pensa e enxerga em aspectos gerais do atual momento do metal nacional? E o atual o momento do Human Hate?

KAL: Cara! Hoje tem uma coisa que me incomoda muito, as nomenclaturas aumentaram , existem muitas subdivisões dentro do metal, em conseqüência disso, nos shows, fica uma turma de um determinado estilo sentados ou do lado de fora e só entram quando está tocando alguém dos estilos deles. Na minha opinião isso não é legal, também tenho minhas preferências, mais acho que todos do Underground devem ser prestigiados. Quanto ao atual momento do Human Hate, estamos ávidos para tocar por aí!

P.Z: Bem Kal, obrigado pela entrevista. Para encerrar, o público do Human Hate, gostaria de saber como andam os planos para o tão esperado lançamento do LP “Lost in the abyss” em CD e a gravação de um novo álbum? Quais os demais planos da banda para 2010?

KAL: O cd com as músicas do disco “Lost in the abyss” está sendo preparado, estará disponível em breve, o pessoal tem procurado muito. Quanto a um novo disco, vamos começar do zero, estamos preparando calmamente as músicas, queremos fazer algo bem legal, inclusive temos uma demo como algumas dessas músicas, quem quiser é só entrar em contato que eu mando.

Para entrar em contato:


No myspace oficial da banda você pode ouvir as músicas novas:



HARPPIA-Biografia







Primeira banda de Heavy Metal brasileiro com o primeiro EP gravado em 1985. Desde então vem se apresentado em praticamente todos os estados do Brasil, e sendo citado em mídia nacional e internacional, como uma banda muito bem conceituada!Em sua discografia constam: o EP intitulado “À ferro e fogo”, em 1985, o LP “Sete” em 1991, o “ Harppia ’s Fligth ”em 1.999
E, em 2008 fez um marco divisório apresentando-se na VIRADA CULTURAL para mais de 50.000 pessoas. Passando por várias formações, criando e acrescentando cada vez mais a sua fabulosa história no universo heavy metal nacional.
A formação atual é composta por nada mais nada menos do que:A lenda viva do rock’nroll nacional Tibério Luthier na bateria, músico e luthier de baterias conceituado no meio musical ,. a 25 anos a frente da banda tendo gravado todos discos


HARPPIA 1984 - 1985

TIBÉRIO CORREA NETO - BATERIA HELCIO, AGUIRRA - GUITARRA, RICARDO RAVACHE - BAIXO, MARCOS PATRIOTA - GUITARRA, JACK SANTIAGO - VOCAL

Marcos Patriota e Ricardo Ravache ex-Aeroplano, se juntaram o Hélcio Aguirra e Jack Santiago para formar o Via Láctea, que depois se transformou em Harppia. Então convidou Tibério Corrêa Neto ex-Aeroplano, para assumir a bateria. E com esta formação o Harppia gravou um EP (Extended Play) "A FERRO E FOGO" pela gravadora Baratos e Afins e se consagrou como a primeira banda brasileira a gravar Heavy Metal no Brasil. Infelizmente motivos particulares impediram o grande sucesso das músicas gravadas e a banda se dissolveu rapidamente. Nesta época, o baterista Tibério (Luthier), decidiu continuar com o Harppia e convidou Cláudio Cruz (Crossbass), que na época era dono do Rainbow Bar (Bar de Rock no Jabaquara) para tocar contrabaixo, o guitarrista Hélcio Aguirra, que havia gravado o EP e o vocalista Percy Weiss, que tinha feito ótimos trabalhos com o Quarto Crescente e Made in Brazil. Percy foi convidado, porque o vocalista Jack Santiago se negou a retomar o projeto Harppia. Depois de alguns meses de ensaio, já contando com o segundo guitarra Flávio Gutok ex Aeroplano, o guitarrista Hélcio Aguirra decidiu abandonar o Harppia e migrou para o Fickle Pickle, que posteriormente seria transformado em Golpe de Estado. Com Tibério Luthier na bateria, Cláudio Cruz no baixo, Percy Weiss nos vocais e Flávio Gutok na guitarra, o Harppia partiu para o seu segundo trabalho, o LP (Long Play) "7" SETE.

HARPPIA 1985 - 1988

PERCY WEISS - VOCAIS, FILIPPO LIPPO - GUITARRA, FLAVIO GUTOK - GUITARRA, CLAUDIO CRUZ - BAIXO, TIBÉRIO CORREA NETO - BATERIA
Com esta formação o Harppia gravou o seu segundo trabalho, o LP (Long Play) "7" SETE pela gravadora Rock Brigade Records. Com sucessos como: NA CALADA DA NOITE E VOZ DA CONSCIENCIA, o Harppia participou de vários programas de TV e Festivais de Rock, destacando-se entre eles, a inauguração do metro Brás, o grande show na Portuguesa de Desportos com as bandas: Dorsal Atlântica, Sepultura e Exumer, e, o importante projeto contra as usinas nucleares que gerou um especial da TV Bandeirantes e vários shows pelo país com a banda Platina. Nesta época, o Harppia contou com a participação de Filippo Lippo ex Made in Brasil para a gravação do LP "'7" SETE e que depois foi substituído várias vezes por outros músicos convidados e que podem ser conhecidos em nosso Clube de Amigos do Harppia. A segunda capa de CD que você encontra na foto, é referente a uma compilação do primeiro e segundo trabalho da banda, que é vendido na Europa, Ásia e América do Norte em grandes lojas e pela internet, por em média 20 Euros. Trabalho este que não tem o nosso respaldo e nem das gravadoras que produziram os discos originais, como acontece com os sites que pelo mundo, vendem nossas músicas no formato MP3 e Ring Tones.
HARPPIA 1989 - 1991 CLAUDIO CRUZ - BAIXO TIBÉRIO CORREA NETO - BATERIA JOARY - VOCAIS FLAVIO GUTOK - GUITARRA
Nesta época o Harppia contava com uma grande estrutura profissional para shows e tinha o patrocínio de empresas como a Luthier Drum, Fabricase e Meteoro. Vários shows internacionais foram realizados com a consagrada bateria de fogo do Tibério Luthier e todo o equipamento de palco do Harppia. Bandas como: Metallica, Exumer, Exciter, Ramones, Testament, Kreator, Nuclear Assalt, Sepultura, etc. Ótimos hits foram criados como: Não dá Mais, Rock do Tibério, Rock Utopia, Babe Blues e Flash. Alguns deles estão no CD LINX pela Gravadora Dynamite, para onde migraram o vocalista Joary e o guitarrista Flávio Gutok, com a participação especial do baterista Tibério Luthier nas gravações e de Cláudio Cruz nos ensaios para composição das músicas e finalização do repertório. O CD que está na foto, é uma compilação de ensaios e shows da época, que foram remasterizados e lançados no mercado pela Camelot Records e pode ser encontrado nos melhores camelôs do Brasil. "HARPPIA AO VIVO MÚSICAS INÉDITAS".

HARPPIA 1995 - 1999

CLAUDIO CRUZ - BAIXO, TIBÉRIO CORREA NETO - BATERIA, MARCOS RIZZATO - GUITARRA, CONRADO LEDESMA (BONZO) - VOCAIS
Em 1995 o Harppia se reuniu novamente, desta vez com a intenção de alçar novos vôos e lançou o CD de maior sucesso da banda: "HARPPIA'S FLIGHT". Com a participação do guitarrista Marcos Rizzato (fã da banda desde criança) e o vocalista e professor de canto lírico Conrado Ledesma (Bonzo), o Harppia assinou com a gravadora Megahard Records e lançou para o mundo grandes hits como: Army of Strangers, Don't Ask for Death, Hidden Wisdom, Last Chance e This is My History. Foram incluídos no CD, os play backs de todas as músicas, remixadas como instrumental, criando uma nova tendência para os futuros trabalhos da banda. O sucesso deste CD é tão grande na Europa e Ásia, que todos os trabalhos anteriores foram alavancados e estão sendo procurados por distribuidoras nestes continentes. Tal fato não tem o aval da banda, que não recebe absolutamente nada pela venda destes direitos e das músicas comercializadas em MP3 e Ring Tones.

HARPPIA 2007

CLAUDIO CRUZ - BAIXO, TIBÉRIO CORREA NETO - BATERIA, THÉO GODINHO - GUITARRA, CONRADO LEDESMA (BONZO) - VOCAIS, MARCELO FRIAS - GUITARRA
Depois de "HARPPIA'S FLIGHT", o Harppia realizou vários shows pelo país e passou por várias formações até os dias de hoje. Estamos em 2007 e por incentivo de fãs de todo o mundo, conseguidos devido à divulgação e venda de musicas da banda pela internet, volta aos estúdios e palcos, para lançar seu mais importante trabalho: "HARPPIA'S FLIGHT 2". Para este projeto foram convocados: Tibério Correa Neto, Cláudio Cruz e Conrado Ledesma, da formação original que gravou o CD Harppia's Flight, e os excelentes guitarristas que também participaram da banda durante estes anos: Théo Godinho ex-Jaguar e Marcelo Frias ex-Mandraque. O novo trabalho contará também com a participação de Marcos Rizzato nas gravações e nas composições, com quatro músicas inéditas, uma delas "FIRE" que já é um hit conhecido pelos fãs por todo o Brasil. Os principais trabalhos do Harppia estão disponíveis em MP3 para download gratuito, inclusive as capas dos CDs, as letras e Posters. Em breve: Transcrições, Cifras e Tablaturas das principais músicas do Harppia. Aqui estão também os links para ver as imagens de apresentações em importantes Shows e programas de TV.

Fonte:

http://www.bandaharppia.com.br/biografia.htmlConfira também músicas e vídeos no myspace:

http://www.myspace.com/oficialharppia


Salário Mínimo - Biografia

Salário Mínimo, banda formada em 1979, lançou seu primeiro álbum, “Beijo Fatal”, em 1987, e se firmou como uma das bandas mais importantes do hard/heavy brasileiro.A banda retornou à ativa e neste ano participa do ROCK IN CONCERT BRAZIL FESTIVAL, juntamente com Uriah Heep e Jan Akkerman, antigo guitarrista da banda Focus. A formação atual conta com: China Lee, da formação original (voz), Alan Flávio (guitarra), Emerson Tanaka (baixo) e Xam Costa (bateria).Agora, vamos a um review do Disco “Beijo Fatal”:O CD começa com “Dama da Noite”, com um riff estilo soco na sua cara, levada cavalgada, e uma letra um tanto quanto politicamente incorreta. Uma música divertida e empolgante. Perfeita para abrir o CD, e quem sabe um show. Grande destaque para os vocais de China Lee. Vocal poderoso e marcante. Em seguida temos a faixa que dá nome ao CD. Uma boa música, nem mais nem menos. Um refrão grudento e marcante. Não compromete, tampouco melhora muito o CD.Depois de Beijo Fatal temos Jogos de Guerra, uma ótima letra. Música rápida, onde temos a melhor bateria do CD até agora. Música boa, que mantém o nível. Logo após temos a clássica “Rosa de Hiroshima”, que meio mundo já regravou. Mas de qualquer forma, é linda. Uma letra absurdamente realista e tocante. Música para dar uma acalmada, e levar as lágrimas os mais sensíveis.Mas, lágrimas para quê? Quem quer baladas? Nós queremos rock ‘n’ roll, e é isso que temos em “Noite de Rock”. Uma música bem no estilo hard 80. Simples, empolgante e eficaz. Um refrão estupidamente empolgante. Não sei por que, mas essa música me lembra Judas Priest em “Living After Midnight”.“Anjos da Escuridão” é uma boa música, mas neste CD existem melhores.“Doce Vingança”, talvez a melhor faixa do álbum. Eu já disse isso várias vezes, mas vou dizer novamente: meu Deus, que refrão ótimo. Salário Mínimo tem uma relação bem intensa com refrões. Letra bem legal, um tanto quanto “Manowar”, mas divertida. China Lee arrebentando nos vocais e um solo realmente ótimo. Para fechar com chave de ouro: “Sob o Signo de Vênus”, uma música calma, quase melancólica. Um corinho bem legal no… refrão! Boa música para finalizar esse majestoso álbum.Enfim, um dos melhores álbuns da história da música brasileira, que infelizmente foi esquecido, assim como a banda. Espero que o sucesso venha no Rock In Concert, e eles lancem novos álbuns.

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Confira noticias sobre a banda em seu site oficial:

Centurias - Biografia

Em São Paulo alguns festivais organizados por verdadeiros abnegados se tornaram famosos por revelar várias bandas para a cena do Hard Rock e o Heavy Metal, entre eles a “Praça do Rock”, que durante a década de 80 acontecia nas tardes de domingo no Parque da Aclimação.Já aos 12 anos de idade eu fazia de tudo para estar sempre com o boletim azul para que tivesse a autorização de meus pais para assistir aos shows, além de ganhar um extra para comprar LPs usados ou novos na Baratos Afins.Mas, uma data especial ficará marcada em minha memória: o dia em que vi o Centúrias na Praça do Rock.Estava lá eu parado, sozinho, com aquela velha jaqueta jeans lotada de patches e buttons vendo o show do Abutre e à espera do Centúrias. Quando a banda subiu ao palco, foi algo indescritível, parecia que eu estava vendo o Judas Priest!Depois disso, passei a estudar cada vez mais para poder conferir de perto a crescente cena nacional, que tinha grandes bandas como as veteranas Made In Brazil, Patrulha do Espaço e as da nova geração como Harppia, Vírus, Abutre, Salário Mínimo, Cérbero, A Chave do Sol, Ave de Veludo, Ethan, Lixo de Luxo, Gozometal, Santuário, Nostradamus, Anacrusa, Mammoth, Ano Luz, Antítese, Korzus e, é claro, o grande Centúrias.Outro grande momento foi conferir de perto o festival “Metal 4”, com as bandas Centúrias, Salário Mínimo, Abutre e A Chave do Sol, realizado no Ginásio da Sociedade Esportiva Palmeiras, em São Paulo. Guardadas as devidas proporções, aquele tipo de evento era como se fosse o “Monster Of Rock”.O Centúrias conseguiu a façanha de estar presente em um dos primeiros registros fonográficos da cena nacional, a coletânea “SP Metal”, lançado pela Baratos Afins. Depois disto, com o status de banda grande para os padrões da época, fazia por merecer um LP. Luiz Calanca da Baratos Afins, que havia sido o idealizador da famosa coletânea, não perdeu tempo e deu a chance para Paulo Thomaz (baterista), Eduardo Camargo (vocalista), Adriano Giudice (guitarra) e Rubens Guarnieri (baixo), line-up em 1985.O quarteto entrou em estúdio no mês de outubro de 1985 e mesmo com todas as dificuldades encontradas com o precário equipamento que dispunham, conseguiram gravar um dos melhores álbuns de Hard Rock cantado em língua portuguesa, o LP “Última Noite” e, ainda, “Não Pense Não Fale”, melhor composição da carreira da banda ao lado de “Portas Negras”. Tempos depois, por diferenças musicais, o Centúrias mudou seus integrantes, restando somente o baterista demolidor Paulão do line-up original. Entraram o ex-Santuário César “Cachorrão” Zanelli (vocal), e os ex-Harppia Ricardo Ravache (baixo) e Marcos Patriota (guitarra). Com esta formação a banda realizou outro trabalho antológico, o LP “Ninja”, que continha as faixas “Senhores da Razão” e “Fortes Olhos”, que faziam sucesso nos shows. E quem não se lembra daquele show chamado “No Posers”, ocorrido no Espaço Mambembe, em 1987.Felizmente, nessa época fiquei amigo de Paulo Thomaz, hoje um irmão.Paulão sempre acreditou no potencial da banda, mas os tempos eram outros, o Trash Metal dominava, quase todas as bandas cantavam em inglês e uma em especial surgia naquele momento, o Sepultura.O Centúrias infelizmente encerrou suas atividades mas com o relançamento em CD dos LPs “Última Noite” e “Ninja” você poderá sentir em cada nota, base, solo, pegada de batera e em frase cantada por Edu ou Cachorrão, como era feito o Hard Rock e Heavy Metal. Uma coisa simples, pura e quase ingênua para os padrões atuais. Mas alguém discorda que a garra, paixão, sentimento e força de vontade sempre falam mais alto?

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Azul Limão - Biografia










Formada no inicio dos anos 80 no Rio de Janeiro pelo guitarrista Marcos Dantas e o baixista Vinicius Mathias, complementaram o time depois o vocalista Rodrigo Esteves e o baterista Ricardo Martins. Após algumas Demos feitas “na raça”, musicas sendo executadas na radio Fluminense FM, shows e popularidades em ascensão, conseguem lançar o debut álbum por uma gravadora pequena, em 1986.“Vingança” demonstra ótimo nível de qualidade técnica, boas composições e um “feeling” notável, fazendo com que o Azul Limão começasse a se consolidar como um dos maiores nomes brasileiros do heavy metal “oitentista”,tanto entre as bandas que cantavam em português como as que cantavam em inglês.O álbum, apesar das condições de gravação “precárias”, tem ótima qualidade, com todos os instrumentos e vocais bem nítidos, e trouxe faixas como “Satã Clama Metal” (que foi o primeiro hit da banda), "Você Não Faz Nada", “Não Vou Mais Falar” e “O Grito”, esta última, além da belíssima letra, uma das grandes composições em se tratando de metal brasileiro,e ainda com um instrumental muito inspirado que completa a letra.No ano seguinte é lançado o EP “Ordem & Progresso”, com seis faixas, sendo algumas que não haviam entrado no lançamento anterior e um cover para “Princesa do Prazer” (Dorsal Atlântica), destaque para a empolgante, e dotada de um refrão bastante grudento, “Solidão”. Outra pérola do metal nacional, e ainda com qualidade de gravação superior ao seu antecessor, mas que foi o último lançamento da banda.Recentemente estes registros foram relançados em vinil, por uma gravadora brasileira, “Dies Irae”, e o EP “Ordem & Progresso” veio com alguns bônus extraídos de uma demo de 1984.Além dos dois álbuns, a banda também consta em sua discografia os discos lançados em 2001: “Pegasus, The
Tapes I”, com demos de 83 a 89, e “Amazona, The Tapes II”, com músicas raras e outtakes.

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Vulcano - Biografia

  Em uma época difícil em que o nosso país passava por uma forte transição política, social, econômica e musical, na Europa surgia a NWOBHM, e também surgiam bandas que revolucionavam o metal tradicional criando uma sonoridade mais agressiva que ficaria conhecido como Black Metal, Death Metal. Aqui no Brasil nos anos de 81 e 82 não foi diferente a dificuldade era muito grande. Só que não era assim que pensava Zhema, Paulo Magrão, Carli Cooper quando criaram a banda VULCANO.
E foi assim que começou a trajetória desta banda que historicamente ajudou a enraizar e difundir o metal pesado por este país sendo considerada a primeira banda de black/death de toda América Latina, seu primeiro registro foi entre 82 e 83 com compacto duplo "Om Pushne Namah" cantado em português que hoje é uma verdadeira relíquia do metal underground brasileiro, e marca a trajetória de J. Piloni (bateria) pela banda.
Os shows foram surgindo, mas as dificuldades eram imensas, a banda tinha que produzir seus próprios shows desde colar os cartazes como até montar a própria estrutura para tocar, mas tudo tinha suas compensações, isto servia de força para o Vulcano seguir em frente e em 84 lançam a demo-tape "Devil On My Roof".
As primeiras mudanças de formação começam a surgir e a banda ainda não tinha conseguido adentrar o tão fechado cenário metal paulistano, por ser de Santos o Vulcano despontava-se mais pelo interior de São Paulo do que na capital fato esse que levou a banda a gravar no ano de 1985 o Vulcano Live!. Gravado no mês de agosto na cidade de Americana, sem qualquer tipo de mixagem, foi o primeiro disco ao vivo de metal lançado no Brasil e levou ao publico toda agressividade do metal pesado gerado por Zhema no baixo, Soto Junior na guitarra, Zé Flávio na guitarra base, Laudir Piloni na bateria e Angel nos vocais.
E foi com essa formação que surgiu o primeiro disco de black metal brasileiro "Bloody Vengeance" em 1986 chocando a mente de muita gente. Um disco sombrio, obscuro com letras enigmáticas, indiretas e hoje em dia soa mais atual do que nunca. Nos anos que se seguem a banda lança o "Anthropophagy" (87) e o "Who Are The True" (88) que foi um grito de revolta a uma situação que vinha sendo imposta por uma mídia mercenária que não vivia as coisas que aconteciam no underground e queriam que as bandas se tornassem mais populares, pasteurizadas o que viria acontecer na década de 90.
Contra isto e uma situação de coisas o Vulcano lança em 90 o "Rat Race" e resolvem dar uma parada para por as idéias em ordem. Neste período de reflexão o Vulcano ainda fez alguns shows, mas nada de concreto, é nesta época que a gravadora Cogumelo Records resolve relançar em cd os discos da banda e assim o Vulcano retoma o seu caminho a banda ainda participa no ano de 2000 de uma coletânea lançada pela gravadora com a musica Bloody Vengeance. Em dezembro de 2001 são pegos de surpresa com a morte de Soto Jr. (guitarra) vitima de pressão alta, foi uma grande perda iam se embora anos de amizade e experiências vividas dentro do cenário underground brasileiro. Em 2003 o Vulcano dá a volta por cima e grava um novo álbum intitulado "Tales From The Black Book", com Zhema (baixo), Angel (vocal), Arthur (bateria), André (guitarra) e Passamani (guitarra) na formação, somente lançando em fevereiro de 2004 devido a problemas com a arte, este cd resgata toda a fúria dos anos 80 acumulados por todos estes anos de silencio. Trazendo de volta uma lenda chamada VULCANO.
Em 2006 o VULCANO lança 2 músicas inéditas em um Split Vinil com o Nifelheim da Suécia, com as músicas The Evil Always Return e Suffered Souls..

Formação

Zhema (Guitarra)
Angel (vocal)
Fernando Nonath (guitarra)
Diaz (baixo)
Arthur Justo (bateria)

Discografia

1985 - Live (LP)
1986 - Bloody Vengeance (LP)
1987 - Anthrophofagy (LP)
1988 - Who are the True (LP)
1998 - Live (CD)
2000 - Bloody Vengeance (CD)
2004 - Tales from the Black Book (CD)
2009 - Five Skulls and One Chalice (CD)
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