10 Melhores álbuns de 2020


TESTAMENT - Titans of Creation
: Uma jornada sonora por toda a história deste medalhão do Thrash Bay Area, que ressalta a energia ainda em alta em faixas pesadas, agressivas e marcantes. Um dos principais motivos para a ótima qualidade deste álbum é a mescla da organicidade, sincronia e entrosamento dos músicos e os riffs com bases memoráveis. Titans of Creation pode facilmente ser considerado o trabalho mais unitário do TESTAMENT na última década, no qual todas faixas tem valor significativo. Destaques: City of Angels, Curse of Osiris e Code of Hammurabi.



OZZY OSBOURNE - Ordinary Man: A história do ‘madman’ sempre foi cheia e acertos e tropeços, alguns dos quais ele pagou altos preços e quase morreu. A beleza e agradabilidade de Ordinary Man está exatamente nisso, um reflexo da jornada do Inglês pobre da cidade de Birmingham até o estrelato mundial com o BLACK SABBATH e em seguida em carreira solo, lidando com vícios, confusões judiciais e doenças no caminho. Tudo isso deu a este álbum uma atmosfera de notável honestidade nas canções, sejam as mais pesadas ou as baladas. Um exemplo ótimo é a faixa-título, uma balada belíssima e envolvente em que até a participação de Elton John se encaixou muito bem. Destaques: Ordinary Man, Under the Graveyard, Straight to Hell e Scary Little Green Man.



PARADISE LOST – Obsidian: os britânicos do PARADISE LOST possuem um espirito de inquietude musical, já tendo passado por diversas fases e experimentações sonoras, os tirando do seu início dentre os pilares do Death Doom metal até estabelecer as bases do Gothic metal, flertes com música eletrônica e retorno às raízes. O fato é que Obsidian reúne as principais características das distintas fases da banda, mantendo uma face mais próxima da atmosfera sonora dos seus primeiros anos e álbuns consagrados. Você experimentará aqui de forma igualitária os sentimentos de melancolia, inquietação, angustia, vazio, reflexão profunda e calmaria. Destaques: Darker Thoughts, Fall From Grace e Ghosts.


NAPALM DEATH - Throes Of Joey In The Jaws Of Defeatism: Já são três décadas que esta instituição do Grindcore/Death tem caminhado numa direção de evolução sonora se diferenciando do aspecto primitivo observado da estreia com Scum para trás. No presente álbum, o NAPALM DEATH atingiu um incrível balanço dos elementos explorados em sua música, mantendo o extremismo pelo qual se consagrou. As faixas em diversos momentos soam atuais e modernas, mas sob a face sonora típica da banda que é reconhecida a quilômetros. Destaques: Fuck the Factoid, Backlash Just Because e Amoral.



TUATHA DE DANANN - In Nomine Éirean: já há quase três décadas os “duendes” do TUATHA DE DANANN carregam a sua marca única e pioneira do Folk metal nacional, tendo lançado clássicos do estilo. A influência da música irlandesa sempre esteve presente nos lançamentos da banda, mas foi crescendo a partir de doses homeopáticas até culminar no presente álbum que é integralmente um tributo a cultura celta da Irlanda. In Nomine Éirean é o trabalho mais ousado da banda e demonstra o quão o leque de possibilidades que ela ainda pode explorar dentro de sua proposta musical. Destaques: Molly Maguires, The Calling e The Wind that Shakes the Barley.


VULCANO – Eye of Hell: Pioneiro do metal extremo sul-americano, o VULCANO possui uma discografia sólida sem desvios incoerentes de sua proposta sonora dentro do metal extremo. O incansável guitarrista Zhema Rodero mostra em Eye of Hell, mais um álbum dentro da sucessão de excelentes trabalhos lançados na última década, que ainda há muito combustível para queimar através de músicas que passeiam por mesclas entre Death, Thrash e Black com uma sintonia e eficácia singulares. Além disso, o vocal de Luiz Carlos Louzada está cada vez mais soberbo. Destaques: Bride of Satan, Struggling Beside Satan e Devil Bloody Banquet.


CANDLEMASS - The Pendulum
: Este não é apenas um EP aproveitando as sobras de estúdio do álbum The Door to Doom (2019), mas sim uma confirmação sólida que o CANDLEMASS ainda figura entre os pináculos do Epic Doom metal. Os vocais de Johan Langquist se mostram inspirados e dramáticos em sessões rítmicas pesadas e agonizantes. O mentor da banda, o mestre Leif Edling (baixo), ainda esbanja criatividade e sabe conduzir com maestria a sonoridade típica que é a marca da banda com uma energia revigorada. Destaques: The Pendulum, Aftershock e Porcelain Skull



AC DC – Power Up
: Não somente uma homenagem a Malcom Young, mas Power Up representa uma vitória para a banda após tantas incertezas na última década. Apesar de pequenas diferenças como, por exemplo, os vocais de apoio do sobrinho Steve Young no lugar de Malcom, dentre os bons méritos deste álbum estão os vocais em plena forma de Brian Johnson e a guitarra de Angus Young esbanja ainda aquela forma riffs simples, diretos e certeiros que grudam em nossa mente e tanto amamos. Afinal, o que esperamos é que o AC DC não soe como outra coisa a não ser como AC DC, não é mesmo? Destaques: Realize, Rejection, Shot In The Dark e Demon Fire


LUCIFER – III
: Uma continuação natural de Lucifer II (2018), este álbum amplifica a demonstração criativa da banda e a performance da líder, a alemã Johanna Sardonis. O hard com elementos de stoner e pitadas do Doom trazidas de Lucifer I envolto numa sombra de temáticas de misticismo e ocultismo aqui se faz bem consistente. O diferencial deste álbum em relação aos anteriores está em músicas com leve adição de peso e riffs mais marcantes, facilmente assimiláveis pelo ouvinte. Destaques: Coffin Fever, Ghosts, Midnight Phantom e Stay Astray.



MADRE SUN – The Speed of Light
: Esse grupo formado pelos brasileiros residentes em Londres (ING) Eduardo Cavina (vocal e baixo), Matt Cavina (guitarra) e Flipi Stioo (bateria) e do guitarrista alemão Tyson Schenker (filho de Michael Schenker) e nos brinda com essa grata surpresa que constituí esse EP de estreia, que passeia entre o hard e o heavy com pequenas inserções de bluese Southern rock. Nessa roupagem eles lançam mão de riffs e solos marcantes, que instigam o ouvinte a repetir a audição. O desempenho vocal dos irmãos Cavina também dá um toque especial ao conjunto da obra. Destaques: Black River e Trick Up the Sleeve