ATLANTIS – Atlantis

 

Por Écio Souza Diniz

Nada como aquele bom e velho som orgânico que agrega elementos Speed metal e NWOBHM para “rejuvenescer” os ouvidos em tempos de tanta música descartável. É exatamente com essa proposta que os catarinenses do ATLANTIS nos brindam com esse álbum de estreia prazeroso de ouvir. Tino Barth (vocal e guitarra), Felipe França (baixo) e Bruno Eggert produziram aqui uma sonoridade forjada com a pegada do metal clássico do início dos anos 80 de medalhões da NWOBHM como ANGEL WITCH (notória influência) e DIAMOND HEAD ainda passagens rápidas que remetem ao speed de petardos como LIVING DEATH. A faixa-título que faz a abertura já entra mostrando a que veio este álbum, lembrando em algumas partes até o METALLICA de Kill ‘em all. London Ripper tem aquele estilo de refrão em coro marcante e característico da NWOBHM, enquanto Dreaming City se inicia com uma ótima base de baixo contraposta a solos inspirados e é uma faixa que demonstra a combinação de técnica e feeling dos músicos. Dracul se destaca por suas bases mais pesadas e riffs cortantes. A longa faixa de encerramento, Among the Stars, se mostra um pouco enfadonha e desconexa em algumas passagens como a parte narrada, o que talvez se resolveria se fosse mais curta, mas mesmo assim não representa algum demérito significativo ao álbum e a banda. Podemos esperar a partir daqui uma banda com tendência de evolução e de bons lançamentos nos próximos anos. Nota: 7.5/10

Faixas: 1- Atlantis / 2- London Ripper / 3- Dreaming City / 4- Dracul / 5- Quest for Vengeance / 6- Adrenaline (Crank) / 7- Among the Stars