Melhores álbuns de 2019!





Candlemass -The Door to Doom
Os mestres do Epic Doom Metal retornam nesse álbum cheio de momentos inspirados unindo elementos que consagraram sua música alinhados também a uma roupagem atual. Além disso, o instrumental das composições encabeçadas pelo mestre Leif Edling mostra uma banda revigorada. De quebra esse álbum traz Johan Längquist que fez história com sua interpretação vocal inspiradíssima no clássico debut Epicus Doomicus Metallicus (1986).







Rotting Christ - The Heretics           
Desde Sanctus Diavolos (2004) que os gregos do ROTTING CHRIST têm mantido uma produção acima da média em qualidade. De lá pra cá a imersão na cultura grega tem dado espaço maior para o aprofundamento no ocultismo, algo muito bem sedimentado no ótimo Rituals (2016). Mas em The Heretics, parece que a inspiração em composição foi ainda além, pois é impressionante o equilíbrio entre agressividade, rapidez e partes com elementos de misticismo com uma dinâmica um pouco progressiva. A audição é uma viagem apenas de ida, pois ao colocar o álbum pra rodar, difícil é não ouvi-lo todo.




Rammstein – Rammstein
Uma década após o álbum Liebe Ist Für Alle Da os alemães do Rammstein voltaram com gás em seu Metal Industrial que ganhou legiões ao redor do mundo, se tornando uma das bandas mais cultuadas da Alemanha mesmo cantando em sua língua-mãe. O álbum Rammstein traz um pouco de cada fase da banda, mas soa moderno e ao mesmo tempo mais técnico e até progressivo em alguns momentos, veja a longa Deutschland que ganhou um vídeo clipe épico de alta produção. Outras músicas que facilmente podem grudar em sua cabeça são Radio e Ausländer, também com interessantes vídeos clipes. Valeu a espera!






Tool – Fear Inoculum
Desde o ótimo 10.000 Days (2006) um novo álbum do Tool era esperado, mas as expectativas ficavam oscilantes e confusas apesar da banda se manter fazendo shows. Pois bem, livre de comparações com os outros álbuns, Fear Inocolum valeu a espera e traz o Tool sendo Tool, ou seja, experimentando sem medo. Contudo, algumas particularidades desse álbum é aura majoritariamente soturna e mais cadenciada e bastante progressiva, visto que se trata de álbum de quase 1,5 hora de duração. Mas as longas músicas não são um problema e sim permeiam uma viagem profunda e introspectiva na qual o ouvinte se perde em seu próprio universo.





Numenorean - Adore
Segundo album desses canadenses, Adore nos apresenta uma viagem profunda e bela sob a roupagem no estilo post black metal com alguns elementos de doom. São providas diversas atmosferas cativantes no instrumental que conseguem vestir beleza numa mescla de sentimentos e emoções que oscilam entre desespero, lamento e tristeza. Todas essas atmosferas são alternadas de forma precisa com um instrumental de riffs marcantes e passagens acústicas. Em uma palavra: inspirador.






Midnight Priest - Agressive Hauntings
Os lusitanos do MIDNIGHT PRIEST têm deixado sua marca no Heavy Metal Tradicional mundial com sua sonoridade direta, bem executada e cheia de energia. Agressive Hauntings é o segundo álbum com o vocalista Lex Thunder, que possuí um timbre acima da média, e traz novamente alguns elementos soturnos outrora evocados no debut Midnight Priest (2011) aliados aos riffs diretos e cortantes evidenciados em Midnight Steel (2014).  Ouça sem moderação!







Gods & Punks -  And the Celestial Ascension
Pense numa banda brasileira que facilmente você confundiria com uma estadunidense se não soubesse a procedência. Os cariocas do GODS & PUNKS são um excelente exemplo, pois em And the Celestial Ascension eles lançam mão de forma eficiente, técnica e inspirada de elementos comuns ao doom e stoner rock Norte-americano aliados a psicodelia e um toque de modernidade. Tais características fazem desse um dos álbuns nacionais mais inspirados na década passada. A audição é uma viagem sonora de tirar o folego. Se duvida coloque a entrada soturna e densa com a faixa Ascension e tire por base o que é o álbum.




Children of the Sün - Flowers
Dentre os diversos álbuns sendo lançados nos últimos anos na onda do ‘revival’ de sonoridade do Rock dos anos 60 e 70, Flowers está entre os destaques no quesito naturalidade, entrosamento musical e cativação. Se você aprecia a aura hippie enrustida em nomes como Janis Joplin, Jimi Hendrix e Grateful Dead, a viagem sonora dos suecos CHILDREN OF THE SÜN embalada pela bela voz de  Josefina Berglund Ekholm. Quer se teleportar para a ‘vibe’ do festival Woodstock? Então, coloque Flowers para ouvir, de preferência num entardecer.






Saint Vitus – Saint Vitus
Novo álbum dessa instituição do Doom metal desde Lillie: F-65 (2012), em Saint Vitus o caricato e excelente Scott "Wino" Weinrich cedeu lugar ao vocalista original Scott Reagers que esteve presente nos clássicos Saint Vitus (1984) e Hallow’s Victim (1985). Aqui os riffs do mestre Dave Chandler soam com uma intensamente, energia, distorção e inspiração que cativam de forma similar aos clássicos da banda nos anos oitenta. Além disso, o vocal de Reagers está ainda em ótima forma e engrossa o caldo dessa vitalidade sonora. Como é bom ainda receber lançamentos em alto nível de veteranos que sabem o que fazem.




Slayer - The Repentless Killogy
O nome mais furioso do Thrash metal Bay Area neste álbum ao vivo mostra que saiu pendurando as chuteiras em grande estilo. Apesar de não contar com Dave Lombardo na batera e o saudoso Jeff Hanneman na guitarra, Tom Araya e Kerry King acompanhados por Paul Bostaph e Gary Holt (EXODUS) mostraram uma avalanche sonora em 20 petardos de sua carreira. The Repentless Killogy em nada perde para o avassalador Decade of Aggression (1991). O álbum também saiu em DVD, permitindo você a comprovar por imagens o ensandecimento do público que é ouvido no áudio do CD. Um registro fidedigno da intensidade sonora dessa instituição chamada SLAYER.




Exumer - Hostile Defiance
Responsáveis por Possesses by Fire (1986) e Rising from the Sea (1987), álbuns que integram os clássicos do Thrash metal germânico, os alemães do EXUMER mostraram com Hostile Defiance que o retorno efetuado com Fire & Damnation (2012) era pra valer. Aqui há em profusão riffs cortantes, inspirados e cativantes das mãos de Ray Mensh e o vocal potente de Mem von Stein. Se você aprecia o thrash afiado e contundente de Destruction e Sodom, esse novo trabalho do EXUMER te mostrará o quão pareado ele é seus compatriotas. Aperte o ‘play’ e deixe rolar sem pausas.





Hellish War – Wine of Gods
Nesse quarto álbum, os paulistas do HELLISH WAR mostram uma sonoridade ainda mais solidificada no seu Heavy Metal Tradicional. Além disso, a entrada do vocalista Bil Martins, inaugurada em Keep it Hellish (2013), se mostrou acertada visto o alcance de seu timbre e ótimo encaixe com a proposta instrumental. Os riffs da dupla Vulcano e Daniel job são inspirados e a cozinha de JR (baixo) e Daniel Person (bateria) é eficiente. De forma geral, a banda soa muito bem alinhada. Como bônus ainda há a participação especial de Chris Boltendahl (GRAVE DIGGER) na faixa Warbringer. Aprovado pelo selo de qualidade “Traditional Heavy Metal Made in Brazil”!