Por Écio Souza Diniz
Mantendo a tradição da capital mineira na produção de música extrema de alto nível, o PAYBACK nos aquece e acelera os motores com um Thrash metal visceral e sem firulas, acrescido de elementos de Punk/H.C. e Death metal. A verdade é que neste álbum de estreia Daniel Tulher (baixo e vocal), Nicolas Evangelista e Igor Gustavo (guitarras) e Wilhan “Lilo” Jorge (bateria). Direto Come Out To Play já entra dando um soco no estômago com sua rapidez, riffs cortantes e vocal visceral. A vinheta de A Dívida Eterna com suas partes retiradas de noticiários abre as portas para a agressiva e revoltosa Drowned in Mud, que coloca em perspectiva o desastre ambiental e social causado pelo rompimento da barragem de contenção de rejeitos de minério pertencente a multinacional Vale no município de Brumadinho-MG em janeiro de 2019. Já Gado de Abate traz um refrão marcante e esbraveja a alienação de massas de manobra da corrente fascista da extrema direita brasileira. A letra da faixa título descreve e embala em seu instrumental agonizante a triste realidade da exploração social de nosso país. Ainda o álbum traz regravações de três velhas conhecidas do público a partir do EP Toxic War (2012): Payback com um refrão que gruda na mente e ótima para banguear, Toxic War com sua destacada linha de baixo e Fake Theory com seus ótimos solos. Para quem é fã da sonoridade de bandas como Demolition Hammer, Kreator e Havok, e adepto de Thrash metal rápido e explosivo, Padecer é uma boa pedida e ainda funcionou com ótimo cartão de entrada para a banda. Nota: 8.5/10.
Faixas: 1. Come Out To Play! / 2. A Dívida Eterna / 3. Drowned In Mud / 4. Gado De Abate / 5. Padecer / 6. Payback / 7. Toxic War / 8. Fake Theory
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