ELECTRIC MOB: 2 Make U Cry & Dance

 

Por Écio Souza Diniz

O grupo curitibano Electric Mob, composta por Renan Zonta (vocais), Ben Hur Auwarter (guitarra), Yuri Elero (baixo) e André Leister (bateria), nos introduziu o ano de 2023 já com um dos álbuns seguramente candidato a melhores do ano, o seu segundo disco, "2 Make U Cry & Dance". O primeiro álbum "Discharge" (2020) já foi muito bem recebido por mídias especializadas e pelo público. Nesse segundo álbum, eles mantiveram a qualidade em alta oferecendo composições muito bem elaboradas, balanceadas em termos de arranjos, produção e 'feeling'. Logo de entrada o ouvinte já se depara com uma tríade impecável. A primeira dessa tríade é a entrada com a pegada "emotiva" de "Sun is Falling Down" com seus riffs cativantes e já escancarando o alcance do timbre vocal de Zonta e o equilíbrio entre peso, melodia e agressividade. Então, "Will Shine" adiciona uma dose extra de energia e riffs explosivos, explorando com eficiência a fronteira entre o hard rock e heavy metal. Fechando a tríade, "It's Gonna Hurt", que também recebeu um videoclipe bacana, se caracteriza por sua pegada mais sensualizada da música num estilo bem hard rock. "By The Name Of (nanana)" tem bases fortes, inclusive com baixo ressaltado, riffs com bastante groove e um refrão marcante. Também se destacam "Soul Stealer" com sua pegada ácida e elementos de southern e stoner rock, algo na linha de Motley Crue e afins, a contagiante "4 Letters" com passagens semi-acústicas e refrão fácil de memorizar e "Locked 'n' Loaded" que é cheia de feeling e técnica. Se o objetivo do Electric Mob com "2 Make U Cry & Dance" era trilhar um caminho para se tornar um destaque brasileiro do revival do rock dos anos 70, 80 e 90, eles tem potencial para se tornarem o nosso Greta Van Fleet. Nota: 9/10.